Governador Tarcísio defende policiais sobre operação verão

O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) minimizou as denúncias de abusos durante a Operação Verão da Polícia Militar no litoral de São Paulo, declarando nesta sexta-feira (8) que não se importa com possíveis críticas internacionais. Em meio a alegações de violência policial e escalada de mortes, entidades como Conectas Direitos Humanos e Comissão Arns apresentaram uma queixa ao Conselho de Direitos Humanos da ONU.

Em sua queixa, a diretora-executiva da Conectas, Camila Asano, acusa a gestão Tarcísio de investir "deliberadamente na violência policial contra pessoas negras e pobres". A denúncia destaca um aumento de 94% nas mortes decorrentes de intervenção policial no primeiro bimestre de 2024, com alegações de execuções sumárias, tortura e omissão no uso de câmeras corporais.

Enquanto o governador ironiza as críticas à ONU, a pressão aumenta com solicitações de implementação de câmeras e garantia de atendimento adequado às vítimas. O Gaesp (Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública) também investiga alegações de que mortos na operação estariam sendo levados como vivos para hospitais.

Tarcísio reafirma a abordagem profissional da polícia, prometendo investigar e punir qualquer excesso. No entanto, as denúncias persistem, e a Operação Verão já é considerada a segunda ação mais letal na história de São Paulo, superando até mesmo a Operação Escudo. Enquanto as autoridades negam irregularidades, a sociedade civil e organismos internacionais continuam a questionar a abordagem e alegações de violações de direitos humanos.